O programa da rede globo, chamado Globo Ecologia, que vai ao ar todo sábado às 06:50h teve neste sábado, 17 de Abril, o tema Timor Leste.
O repórter do programa, Pablo de Moura, foi entrevistado pelo sítio Zine Cultural e o link da entrevista é o seguinte: http://www.zinecultural.com/zine/noticias/noticias.php?noticia=7696. Na entrevista, o repórter falou informações básicas sobre a cultura leste-timorense, como o mito de origem da ilha, que tem como base o crocodilo, chamado às vezes de lafaek ai-knanoik 'lenda do crocodilo'. Ainda, o repórter falou sobre a biodiversidade, a importância da igreja católica e mantém a 'crença popular' de achar que Timor Leste é repleto de diferentes dialetos, cerca de 30 deles, quando na realidade o número encontra-se entre 16 e 18 línguas, como já foi comentado em um dos posts iniciais deste blog:
A iniciativa do programa e do repórter são louváveis, pois ajuda a divulgar Timor Leste para o mundo, tanto de forma acadêmica - já que o repórter chama atenção para questões relativas à biodiversidade, à história, à cultura e religião leste-timorense - como de forma popular, pelo fato das belezas do país e da recepção dos timorenses aos estrangeiros serem amigáveis e convidativas ao turismo (na minha opinião uma área que deveria ter mais investimento do governo, pois é a que promete arrecadar mais receita para os cofres públicos e também gerar empregos e maior renda para a população local).
Lamentável, porém, é este tipo de iniciativa ser única e pouco produtiva. O repórter que passou aproximadamente 30 dias em Timor Leste não possui um conhecimento acadêmico exaustivo a respeito de Timor Leste, conforme foi comentado acima, além do que uma série de pesquisadores que necessitam de auxílios para pesquisa em Timor Leste não o recebem dos órgãos federais, nem da iniciativa privada, e quando recebem, mal conseguem cobrir os gastos da pesquisa com a verba recebida.
Fica aqui registrado, então, meu elogio e, ao mesmo tempo, minha crítica em relação à postura de certas empresas, que se realmente desejassem ajudar algum país o faria de forma diferente, auxiliando pesquisadores que pudessem contribuir de forma efetiva aos diversos setores interessados: o mundo acadêmico, seus investidores, seu objeto de estudo e o conhecimento em si (que nenhum dinheiro pode comprar).
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