Luís Costa é um conhecido linguista timorense que vem se dedicado à investigação do Tetun e já publicou obras importantes a respeito desta língua oficial de Timor-Leste, como Guia de Conversação Português-Tétum (foto à direita), de 2002, e foi também autor do Dicionário Tétum-Português (à esquerda), que apesar de ser criticado por alguns linguistas especialistas na realidade de Timor-Leste, como João Paulo Esperança em seu escrito Ensinar português em Timor, que pode ser lido em: http://timor2006.blogspot.com.br/2007/06/ensinar-portugus-em-timor.html e posteriormente foi transformado em um livro (que pode ser adquirido aqui: http://www.blurb.com/b/1264519-ensinar-portugues-em-timor?ce=blurb_ew&utm_source=widget), assim como maiores informações no blogue Hanoin oin-oin do autor: http://jpesperanca.blogspot.com.br/2010/08/livros-vontade-do-fregues.html, este dicionário até a atualidade se destaca por seu rigor lexicográfico e por seu um dos únicos disponíveis no mercado.
Recentemente, saiu uma notícia em vários portais que abordam os acontecimentos de Timor-Leste, como o Sapo.tl ou Página Global, intitulada Edição da gramática de tétum que pode ser lida aqui: http://estudante.sapo.tl/artigos/artigo/edicao-da-gramatica-de-tetum-365632.html ou http://paginaglobal.blogspot.com.br/2014/03/timor-leste-gramatica-de-tetum-espera.html.
Luís Costa afirma que possui uma gramática Tetun há mais de um ano, mas que não encontra nenhum tipo de financiamento e/ou editora interessada na publicação. O autor fala também a respeito da ausência de materiais sobre o Tetun, dizendo que "não existe nada" somente "alguns apontamentos feitos por padres e por militares" e cita a gramática elaborada por Hull e Eccles (Tetum Reference Grammar), de 2001, que possui suas limitações, principalmente por ter sido elaborada por linguistas anglófonos. Devo ressaltar que há diversos outros problemas na obra, como a constante comparação entre as variedades da língua Tetun (Tetun Prasa e Tetun Terik), informações diacrônicas em meio à descrição gramatical e redução da importância da fonologia e da influência da língua indonésia.
Ainda, ele fala que a revisão de seu dicionário, citado acima, está em andamento devido a uma bolsa da Fundação Oriente. Provavelmente, serão reparados certos problemas existentes na obra, como o excesso de purismos em Tetun e o reduzido número dos empréstimos lusófonos.
Ao falar da importância de sua gramática, Luís Costa cita a função que ela teria para o ensino tanto de português, quanto de Tetun, e como seria uma ferramenta útil no processo de ensino e aprendizagem (para professores e alunos) das duas línguas nas escolas de Timor-Leste, já que a obra, além de ser elaborada por um cidadão leste-timorense, foi feita por um autor lusófono pensando em um público-alvo específico.
Outro ponto que devo acrescentar aqui que a gramática de Luís Costa não é a única, pois elaborei também uma gramática do Tetun Prasa em meu mestrado, em 2011, sendo minha dissertação intitulada Esboço gramatical do Tetun Prasa: língua oficial de Timor-Leste, e que maiores informações podem ser lidas no seguinte link: http://easttimorlinguistics.blogspot.com.br/2012/04/recentemente-alguns-colegas-linguistas.html. Desde o ano de 2011 também venho tentando publicá-la, procurando financiamento e editoras brasileiras e portuguesas, porém não consegui nenhuma resposta positiva até o momento.
Quem sabe no futuro consigamos, Luís Costa e eu, obter algum sucesso. Enquanto isso ambos continuamos nossos respectivos trabalhos de investigação...
1 comment:
Para mim para se saber dominar e se descobrir origem do tetum,de forma provável, deve-se dominar a língua mambae, pois, o tétum, tanto tétun-téric como tétun-praça, é um dialeto de mambae não é simplesmente uma língua austronésica que vem de fora, aliás, mais próximo do malaio. Pelo Arnaldo Soares um mambaense
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