Recentemente, discuti as dificuldades enfrentadas pelo professor de língua portuguesa em Timor Leste, assim como os métodos e o material didático utilizados em sala de aula. Ainda, mencionei também os conflitos entre as variedades do português existentes no ensino da língua.
Essa discussão foi apresentada em forma de comunicação no IX Congresso da Sociedade Internacional Português Língua Estrangeira (IX CONSIPLE) realizado de 6 a 8 de outubro na Universidade de Brasília (UnB).
A comunicação intitula-se O conflito entre o ensino e as variedades da língua portuguesa em um país emreconstrução: o caso de Timor Leste e o resumo está disponível no caderno de resumos no seguinte endereço: http://www.siple.org.br/images/2010/ix_congresso/Cadernoderesumosrevisado1.pdf
Por motivos de praticidade reproduzo também o resumo abaixo:
Resumo: "A língua portuguesa é a língua oficial de Timor Leste, juntamente com a língua Tétum, em sua variedade Tétum-Praça, desde a constituição de 2002. As dificuldades de ensino, porém, permanecem até hoje por diversos fatores, entre os principais podem ser citados: uma política linguística por parte da coroa portuguesa que limitava o ensino de língua portuguesa somente aos régulos tribais leste-timorenses e seus descendentes, que se estendeu desde o século XVI ao século XIX; uma invasão indonésia recente, de 1975 a 1999, que proibiu o uso da língua portuguesa; a presença portuguesa efetiva no território sempre ter sido irrisória, reduzida a apenas alguns cidadãos portugueses".
"Nesta comunicação serão analisados pontos distintos que envolvem o ensino de língua portuguesa em Timor Leste. Primeiramente será discutido o contexto histórico da língua portuguesa em Timor Leste. Em seguida, será analisada a situação linguística atual do ensino de português, procurando identificar algumas dificuldades do ensino e os fatores que as causam. Ainda, algumas considerações sobre o planejamento linguístico dos últimos anos do governo leste-timorense serão feitas, pois esse planejamento linguístico possibilitou o conflito existente sobre as variedades da língua portuguesa ensinadas, já que há professores de diversas nacionalidades ensinando português, entre essas nacionalidades destacam-se a atuação dos professores portugueses, brasileiros, lestetimorenses, e até de países não lusófonos, como Cuba".
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