Recentemente, apresentei uma comunicação, intitulada O Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste: Uma Análise dos Livros Didáticos, na Sessão 5 do II ENILL (2o Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura), na Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Itabaiana.
A comunicação é fruto de uma investigação inicial a respeito do processo de ensino e aprendizagem da língua portuguesa em Timor-Leste. Este trabalho é o primeiro passo da investigação, focando nos livros didáticos (LDs), na elaboração de materiais didáticos pelos professores, assim como na importância e o uso destes na sala de aula de Português como Língua Estrangeira (PLE). e segunda língua (PL2).
Em breve, pretendo publicar a versão escrita desta comunicação nos Anais do Encontro.
Segue o resumo aos interessados:
Resumo: Na presente comunicação, será realizada uma análise dos livros didáticos usados no ensino de língua portuguesa em Timor-Leste. Além destes, serão analisados também outros materiais didáticos que são elaborados pelos professores para substituir o livro didático. Os dados utilizados foram coletados pelo próprio autor, que atuou como professor de língua portuguesa no país citado. Na análise dos livros e materiais didáticos serão destacados a(s) abordagem(ns) e o(s) método(s) presentes nestes, assim como suas respectivas repercussões, em sua maioria negativas, para o processo de ensino e aprendizagem do português como L2 ao cidadão leste-timorense.
P.S. Reproduzo aqui um comentário, que tem muito a acrescentar à questão, do colega Nuno Almeida a respeito deste post:
ColegaÉ com agrado que recebo a notícia de mais uma reflexão sobre os livros didáticos (manuais) de LP em TL. De facto, esta é uma questão-chave para o sucesso da (re)introdução do português nesse país.Também eu tive a oportunidade de, no III SIMELP-Macau, apresentar uma comunicação sobre esta temática, intitulada "O papel do manual de LP em TL", texto que aguarda publicação. Nessa reflexão, e com base na minha experiência de formação a professores do ensino público timorense, defendo que os manuais de LP têm, em TL, um papel específico, uma responsabilidade acrescida, devido a diversos fatores, de entre os quais, destaco: o contexto de aprendizagem da línguaportuguesa e as necessidades comunicativas dos alunos; a falta de preparação científica, pedagógica e linguística dos professores; o caráter virtual da presença da língua portuguesa na escola e naadministração; a aparente indefinição do papel desta língua naquele país; a articulação de determinadas marcas culturais com a língua portuguesa; o estado da investigação dedicada à língua portuguesa em Timor-Leste e a indefinição de uma norma da variedade leste-timorense.Daqui resulta que a elaboração de manuais de LP para aplicar em TL deve partir de uma sólida base de reflexão, conhecimento e investigação. Saúdo, por isso, o seu trabalho.Quero ainda deixar uma ligação para alguns textos sobre esta temática que postei há algum tempo, textos da autoria de uma das responsáveis pela elaboração dos manuais de LP que foram recentemente adotados pelo Ministério da Educação, para o ensino primário, e distribuídos, em 2010, pelas escolas de Timor.AbraçoNuno Almeida
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