Neste ano, a Ecolinguística comemora dez anos no Brasil com a publicação do livro de Hildo H. Couto, intitulado Ecolinguística. Estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Ed. Thesaurus, 2007.
Para não deixar a data passar em branco, foi realizado um congresso na Universidade Estadual de Goiás - UEG, Campus Anápolis, em que apresentei o trabalho homônimo ao título desta postagem: A ecolinguística e a dinâmica das línguas em Timor-Leste, retomando alguns resultados de minha tese de doutorado.
Em breve, os trabalhos apresentados serão reunidos num volume e publicado em formato de livro, tornando-se mais uma material disponível aos interessados nos temas relacionados aos estudos ecolinguísticos.
Abaixo se encontra o resumo de meu trabalho:
Resumo:
Timor-Leste é uma ilha no Sudeste Asiático que possui o português e o Tetun
como línguas oficias e o inglês e o indonésio como línguas de trabalho. Há também
aproximadamente 16 línguas nativas, que pertencem a diferentes grupos linguísticos. A
ecolinguística, especificamente a linguística ecossistêmica, ao trabalhar com os vários
ecossistemas da língua (natural, mental e social) fornece um arcabouço teóricometodológico
para se estudar o cenário linguístico de Timor-Leste, bem como outros
similares. Assim, a linguística ecossistêmica fornece subsídios para a análise das línguas
leste-timorenses e das línguas transplantadas para lá (as línguas estrangeiras), suas
estruturas, contatos, mudanças linguísticas, interações comunicativas e como tudo isso as transformou, da mesma maneira que modificou seus falantes e o meio ambiente que
os circunda, ocorrendo uma relação de interferência mútua. O presente trabalho tem
como objetivo apresentar a dinâmica dessas relações, enfatizando a interação
comunicativa, à luz da teoria da linguística ecossistêmica.
Palavras-chave:
Ecolinguística. Ecossistema da língua. Cenário linguístico. Timor-Leste.